6 Erros Que Você Vai Cometer Na Faculdade (E Como Evitá-los)

6 Erros Que Você Vai Cometer Na Faculdade (E Como Evitá-los)

Dos vários emails que recebo quase diariamente, uma dificuldade bem comum dos leitores é sobre a vida na universidade. Como se postar, como saber o que realmente quer, como aumentar as chances de ser um bom profissional. Resolvi juntar minha experiência à de Charlie e compartilhar por aqui.

Nosso tempo na universidade é um momento mágico. De fato, em poucos momentos da vida vamos ter acesso a tantas pessoas e oportunidades ao mesmo tempo, tudo incluso na rotina de ir às aulas. Por ser um espaço de aprendizado, cometemos muitos erros, adquirindo experiência. Mas, e se pudessémos acelerar o processo aprendendo com os acertos dos outros?

Normalmente, não temos muito contato com as pessoas já formadas, pois estas seguem a carreira profissional; assim, sempre que alguém entra na universidade, precisa reinventar a roda, cometendo os mesmos erros e aprendendo as mesmas lições. De olho nesse quadro, encontrei uma palestra TEDx bastante interessante, do Charlie Hoehn: The 4 mistakes that you’ll make on college.

Se você quiser praticar o inglês, segue a palestra (sem legenda).

Link Youtube

O Charlie é um profissional de “sucesso”; trabalha com marketing, tendo participado da promoção de grandes títulos da atualidade, como a trilogia do Tim Ferris e o Comece por Você, do cofundador do linkedin. Juntei à lista de alguns erros dele com alguns que já percebi ter cometido antes mesmo de terminar a faculdade e trouxe abaixo.

#1 Qual é a evidência que você foi à universidade?

Daqui a alguns anos, quando você se formar, o que vai definir sua experiência na faculdade? Um pedaço de papel com seu nome escrito nele?

Bem, diplomas são importantes, mas nem de perto o quanto você imagina. Se sua área de atuação não for estritamente técnica/regulada por lei, como medicina, direito ou engenharia, há modos mais interessantes de se apresentar ao mercado de trabalho do que com diploma. Por exemplo, quem você conhece de relevante de sua área? Quais eventos você participou ou ajudou a organizar? Você tem uma presença online para mostrar sua expertise na área, como um site pessoal ou u m portfólio?

Não deixe sua graduação definir sua experiência na universidade.

Dica: Crie uma presença online. Escreva sobre o que você sabe e vive. Leia “A Educação dos Milionários” do Michael Elsberg (resumo aqui) e entenda como sua carreira profissional pode começar com sua identidade na internet.

Hora da Graduação

“Então você tem um pedaço de papel? Grande coisa, todos os concorrentes também”. | Créditos

#2 Ser um estudante

Lembre de seus momentos de escola. O que é um estudante? Um prisioneiro. Você era obrigado a ir para a aula todo dia, muitas vezes assistindo conteúdos entediantes e estudando apenas o suficiente para passar. É essa postura que você que manter no Ensino Superior?

A faculdade é antes de mais nada um lugar para exploração.

Seu trabalho enquanto universitário é proteger seu amor pelo aprendizado“, disse o Charlie na palestra TEDx.

Busque estudar aquilo que te interessa, pague menos cadeiras por período, se permita conhecer áreas novas, pessoas novas. É um pouco difícil usar isso como argumento, mas se Jobs não tivesse estudado o que amava, não tivesse explorado caligrafia, por exemplo, viveríamos num mundo diferente hoje.

Aluno Estudando Distraído

Na faculdade, não seja (mais) um estudante. | Créditos

#3 O estilo de vida

É difícil definir uma dosagem, mas a realidade é que observo muitos extremos: pessoas que vão a festas demais e a festas de menos. Tem que existir um meio termo saudável por aí. Seu estilo de vida tem que ser agitado o suficiente de modo a te expôr ao máximo de pessoas e diversão possível, mas não tão agitado que sirva como uma distração para seus projetos principais.

Lembre-se que a vida não é uma festa e a faculdade um dia acaba.

#4 “Eu vou viver para sempre”

Não, você não vai viver para sempre. Nem eu (embora a ciência tenha avançado bastante, ainda não podemos contar com essa possibilidade). Então, coloque o fator “posso-morrer-a-qualquer-momento-de-verdade-não-apenas-clichê-de-facebook” em consideração sempre que planejando e agindo na vida.

Pode parecer uma carga inicial bem difícil pensar na brevidade da existência (enquanto você deveria está indo para festas que nem louco, certo?), mas te garanto que contemplar isso vai servir como um filtro bem forte para tomar decisões na vida.

Jobs citação

Lá vou eu citando o Jobs de novo.

#5 Falta de mentores profissionais

Desde a revolução industrial, quando o conhecimento técnico ganhou força e a educação se tornou completamente institucionalizada na figura das escolas e universidades, a relação de mentoria foi desaparecendo na sociedade. Mais recentemente (últimas 3 décadas), na figura dos coaches, a “mentoria” ressurgiu, utilizando ferramentas da psicologia (PNL) para ajudar na tomada de decisões e no desenvolvimento pessoal e profissional (você pode ter um coach para cada área da vida).

Meu ponto, no entanto, é mais prático. Sabe aquele pesquisador incrível da sua área de atuação em quem você se espelha? Ou o CEO de uma grande empresa cuja história de vida e habilidades você admira? Bem, por que não entrar em contato com eles? Você pode ficar surpreso como alguém bem conectado pode te trazer oportunidades. De modo geral, já falei como buscar mentores, mas basicamente você fornece sua expertise para essas pessoas em troca de aconselhamento, contatos e referências na área de interesse.

O segredo do processo é tentar contato com dezenas de figuras que te interessem e buscar sempre alguém com perfil profissional e habilidades que você deseja obter. Se você conseguir manter contato com pelo uma pessoa bem sucedida em seu campo de atuação, pronto, já terá valido a pena.

Quase isso.

#6 Não ter um plano

É difícil saber o que se quer da vida, principalmente ao sair do ensino médio, tendo um mundo inteiro a explorar. Todavia, é preciso ter uma noção de onde você vai caminhar. Se você tem inclinações artísticas, trabalhe nisso desde seu primeiro dia na universidade, mesmo que depois de um tempo você mude de área (indo de desenho para pintura, por exemplo). Isso porque você precisa ter em mente como vai gerar dinheiro; sim, o fator econômico não pode sair de sua cabeça.

Se você decidir ir a fundo em sua área, vá, faça o máximo de cursos que puder, iniciações científicas, monitorias, de modo a ter um currículo sólido na hora de buscar estágio/seleções para trainee. Caso você se interesse por empreendedorismo, foque o quanto puder, participe de projetos, crie um portfólio (veja erro 1) para ter algo significativo para mostrar.

Ter um currículo sólido ao final do curso (para quem quer mercado de trabalho ou academia) ou um histórico de experiência vasta em negócios para empreendedores é essencial para direcionar seu futuro. E esses são apenas os casos extremos, mas há os meio-termos, como artistas, profissionais liberais, etc. Já que a universidade não ensina como gerar dinheiro, isso é algo que você precisa descobrir sozinho.

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E você, já se aprendeu algo que gostaria de ter sabido antes? Compartilhe conosco!

  1. Ótima postagem, quase tudo exatamente como penso sobre a experiência na universidade. Destaco as seguintes frases:

    “Busque estudar aquilo que te interessa, pague menos cadeiras por período, se permita conhecer áreas novas, pessoas novas.”

    “Na faculdade, não seja (mais) um estudante.”

    Nós, Paulo, que percebemos essas falhas, temos que criar as oportunidades para que outros as percebam. Nós temos que movimentar nossos cursos, os alunos e os professores pra gerar um círculo virtuoso do qual todos saímos vencedores: indivíduos e sociedade.

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