O post de hoje é bem rápido.
Há algum tempo eu escrevi sobre confiança. Na realidade, eu selecionei uma abordagem mais prática, pois o tema de confiança é algo que eu poderia passar muito tempo teorizando (li alguns autores muito interessantes e quero trazer isso para vocês, em algum tempo).
De toda forma, eu me deparei com um argumento que reforça a base da teoria que levantei no outro post. Eu dizia que nós somos ruins em predizer o quão bom podemos ser no futuro, caso nos dediquemos a algum atividade com muito afinco e, por isso, não conseguimos nos sentir “confiante”. No outro texto, eu afirmava que isso era um “defeito” evolutivo, pois o cérebro precisava se basear na realidade, na situação atual para tomar as melhores decisões.
O que eu não sabia é que existe um nome científico para minha afirmação. Durante a leitura do livro You are not so smart (“Você não é tão esperto”), que já indiquei aqui, eu me deparei com o efeito Dunning-Kruger. O enunciado é algo do tipo:
“Você geralmente é muito ruim em estimar sua competência e a dificuldade de tarefas complexas”
Esse é uma das razões pela qual você tem que tomar cuidado ao fornecer estimativas para concluir tarefas. Quando seu chefe te pergunta: “Em quanto tempo você faz isso?”, caso não seja algo habitual, você provavelmente vai dar uma estimativa muito ruim. O ideal nesse caso é oferecer a estimativa depois que começou a trabalhar na tarefa.
Voltando para o assunto, o efeito Dunning-Kruger reforça o que eu já disse sobre sermos ruins em estimar tarefas complexas e/ou não-habituais. Não é legal quando há duas fontes de informação validam uma ideia entre si? É em busca desses insights que estou nessa jornada.