Possuir educação superior não é mais garantia de vaga no mercado de trabalho, muito menos de bons salários. Um número cada vez mais alarmante de portadores de diploma desempregados tem feito a sociedade repensar o caminho da universidade como uma boa maneira de iniciar carreira como fora um dia.
No Brasil, após o boom da educação superior privada no final do século passado, o número de bacharéis desempregados ou subempregados só faz crescer. Isso sem mencionar nossos mestres e doutores competindo por vagas cada vez mais acirradas em instituições de ensino, já que não são absorvidos pelo mercado de trabalho. A saída mais comum para os brasileiros tem sido esta: os famigerados cargos públicos.
O problema, porém, não é apenas brasileiro: atinge várias partes do mundo (principalmente ocidente). Nos EUA, por exemplo, onde educação superior de qualidade é paga (e bem cara), a situação é ainda mais grave, já que os estudantes saem da universidade bastante endividados. E, com os recentes efeitos da crise de 2008, é possível imaginar bem o quadro atual.
Para compreender melhor os entraves que enfrentamos com a educação superior, é preciso compreender sua origem.
A Origem das Universidades
As primeiras universidades surgiram na Europa no final do século XI (alta idade média). Grande parte delas era mantida pelo clero, mas também havia algumas sustentadas pelo Estado e outras mantidas pelos próprios alunos. Os estudantes geralmente eram profissionais liberais (almejando a medicina) e clérigos (já que o curso mais importante era teologia), que precisavam de diplomas para subir na hierarquia da Igreja.
O funcionamento era simples: ou você fazia parte da Igreja para poder estudar nas faculdades clérigas ou você era da nobreza e pagava pela sua educação.
O modelo de ensino era bem extenso: primeiro você obtinha um diploma de bacharel, estudando as 7 artes liberais por seis anos; a seguir, escolhia entre Medicina, Lei e Teologia, estudando por mais 8~9 anos para obter títulos de mestre e doutor. Essa estrutura de ensino se popularizou e o número de universidades na Europa cresceu nos séculos seguintes.
Conforme o conhecimento humano se expandiu, principalmente após o Iluminismo no século XVII, várias áreas de conhecimento foram sendo adaptadas ao modelo de curso superior, pois não se conhecia um método melhor para transmitir informação. Isso fez crescer a diversidade dos cursos oferecidos e, junto ao desenvolvimento da classe burguesa, aumentou o alcance do ensino superior na Europa.
As instituições universitárias se espalharam pelo resto do Ocidente na onda da colonização: conforme colônias foram crescendo em importância, elas começaram a receber seus próprios centros de estudo, principalmente nas Américas. Desse modo, surgiu a hegemonia do ensino superior como o conhecemos.
Por Que Esse Modelo de Educação Não Funciona Mais?
As estatísticas de bacharéis desempregados e graduados em subempregos comprovam claramente uma ineficiência do sistema para levar jovens ao mercado. No Brasil, outro indicativo importante é a popularidade dos concursos públicos: pessoas com formações técnicas específicas (negócios, artes liberais, saúde etc) buscando vagas para trabalhos administrativos/fiscais por falta de alternativas.
Especificamente falando, por que o ensino superior tem falhado? Porque a sociedade mudou, mas ainda utilizamos uma estrutura de ensino adaptada para o mundo do século XII.
O que mudou na sociedade?
Para começar, a revolução da informação, com o advento da informática e da internet. A faculdade deixou de ser o centro de informações para os alunos, uma vez que ela está disponível a poucos cliques pela web. Esse fato tornou o modo de ensino atual comportamentalmente obsoleto, o que diminui drasticamente a taxa de aprendizado e o interesse dos estudantes na universidade per se.
Possuir diploma também não significa futuro financeiro certo, graças a própria popularização do ensino superior. O mercado de trabalho tem exigido qualidades que a universidade atual não tem fornecido aos alunos (como boa oratória, capacidade de tomar decisões, saber trabalhar em equipe, aprendizado autônomo, etc.), pois ela ainda está focada na transmissão de informações ao invés de preparar os estudantes para o mercado de trabalho.
As pessoas entram na faculdade esperando serem preparadas para a vida; elas querem se aprofundar no que gostam, aprender a gerar dinheiro a partir disto. Mas o ensino superior parece falhar nos dois pontos: ninguém aprende a gerar renda desde o primeiro dia de aula e o conhecimento é passado de modo arcaico, dificultando a vida dos jovens estudantes.
Cinco anos depois, formados, sem saber como se sustentar, enfrentam um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.Quando possuem dívidas de ensino, já começam a vida profissional falidos. Quando não, recorrem para um emprego público, por falta de escolhas e movidas pelo medo, já que pelo menos “nunca serão demitidos”.
Revolucionando a Educação
Alguns cursos são bem adaptados ao modelo ‘universidade’, como alguns bacharelados em áreas científicas, engenharia, medicina e advocacia; melhorar a situação aqui requer menos esforço. Os demais cursos, no entanto, poderiam se beneficiar de um modelo diferente, que viesse a corrigir as falhas atuais. Com isso em mente, surgiu em Santiago no Chile, uma startup com intenção de mudar isso: Exosphere.
Exosphere é uma comunidade de aprendizado empreendedor e incubadora de startups. É um lugar para aumentar sua educação com experiências no mundo real, criando conexões valorosas e construindo coisas extraordinárias com seus talentos.
O conceito é completamente renovado – não se trata de pegar um diploma, mas de preparar você para a vida, desenvolvendo suas habilidades empreendedoras e guiando por empreendedorismo, de modo que você possa viver de sua paixão e aprender a gerar riqueza para o futuro.
Por que o Chile?
O Chile é o único país desenvolvido da América Latina, tem uma qualidade de vida bastante alta, sistemas públicos que funcionam, amplos incentivos ao empreendedorismo e baixa burocracia, facilitando muito a abertura de empresas.
Além disso, possui um clima agradável e diversificado, com cenários variando de praias a montanhas com neve. O custo de vida é baixo e a economia está estável pelos últimos 20 anos. Junte a isso todo o potencial que a América Latina tem como um bloco per se e você verá que com certeza é um lugar com potencial para ser o próximo Hub do século XXI.
Como Participar e Iniciar a Jornada Rumo a Uma Vida Significativa?
A Exosphere está com o bootcamp intensivo de empreendedorismo com três meses de duração. O programa acontecerá em Santiago e envolverá mentores de nível mundial, como Carlos Miceli e Colin Wright. Eles virão trabalhar lado a lado com os participantes, para ensinar habilidades essenciais para o empreendedorismo, como Design, Programação, Geração de Renda e Startup.
O foco do programa é passar aos participantes ferramentas que permitam criar independência e se tornarem cidadãos do Século XXI, causando o impacto que desejam. Haverá estímulo para criação de projetos e os participantes sairão de lá com um negócio gerando lucro durante o bootcamp.
“Estamos com o processo de seleção de membros abertos e a diversidade é impressionante. Pessoas de todas as idades e de vários lugares do mundo com vontade de participar de um lugar assim, com um espírito empreendedor”
Se você quer investir no seu futuro e ainda conhecer um país maravilhoso como o Chile, considere aplicar para o processo. Vai ser muito divertido, já tem gente vindo de Hong Kong, Jamaica, Canadá, EUA, Peru e aqui do Brasil :)
Para mais informações, segue o site: http://exosphe.re/ Aplique antes do dia 23 de agosto!
Paulo vc ja fez o curso? Conhece alguém que fez? Não encontrei feedback de brasileiros ainda. Abraços.
são pessoas que respeito e alguns mentores meus na organização. tenho dois amigos pessoais indo também, devo passar lá para visitar.
acompanha um deles, que está compartilhando a jornada aqui http://qgsecreto.com/iniciando-uma-nova-jornada/
abs
Paulo, que idioma é falado no curso? Inglês ou espanhol?
inglês no curso e, no dia a dia, espanhol já que vc está no chile