Como Parar de Planejar e Começar a Fazer? Conselhos a um Jovem Inquieto

Como Parar de Planejar e Começar a Fazer? Conselhos a um Jovem Inquieto

Está cansado de planejar e quer começar a fazer? Eu também já estive assim. Tinha tanta coisa legal que eu queria fazer, mas nunca conseguia tirar as ideias do papel. Para começar, eu não sabia o que fazer com minha vida. Estava perdido entre as várias opções possíveis. Depois, tinha muita dificuldade em parar de planejar e começar a ação.

Aos poucos, comecei a agir (os princípios que descrevo abaixo) meio que sem perceber, absorvendo conhecimento de mentores e bons livros. Quando eu acordei certo dia, notei que tinha colocado muita coisa legal no mundo e estava no caminho para criar mais.

Desde que eu comecei nessa jornada de desenvolvimento pessoal há alguns anos, sempre tive vontade de fazer coisas. Não sabia exatamente o quê, mas sabia que queria fazer; todos aqueles com vidas interessantes estavam investindo energia em algo em que acreditavam. Na realidade, antes mesmo de criar o Estrategistas, eu já nutria esse desejo, se bem que executava de uma forma perdida e dispersa (três blogs e um projeto morreram no caminho).

Nos últimos tempos, tenho estado constantemente insatisfeito com as coisas que faço. Ou melhor, com as que não faço. Por mais que eu me esforce, algo sempre fica de lado. Você tenta olhar para os lados, praticar gratidão e celebrar as coisas legais que tem na vida, mas essa inquietude parece ser humana. Principalmente para alguém ambicioso o suficiente para querer fundar uma dinastia, financiar projetos espaciais e acabar com a morte humana.

Esse sentimento estava no fundo da minha mente nos últimos meses, até que há alguns dias um leitor fez um comentário que me deixou pensativo. O post foi escrito na metade do ano passado e nele eu discuto uma das minhas resoluções para 2013: fale menos, faça mais.

2012 foi um ano bom, introspectivo, de crescimento e expansão de visão de mundo, mas não tive muita coisa concreta para apresentar. Eu terminei o ano, olhei para o que criei e não vi muita coisa animadora; por isso, resolvi que em 2013 eu iria sair do abstrato e começar a fazer coisas. Coisas legais, ligadas aos meus objetivos de vida, mas coisas concretas, de modo que eu tivesse algo do que me orgulhar no final do ano.

E não é que eu esqueci dessa resolução? Em um outro momento, eu posso discutir como vivo a vida sem resoluções e objetivos de modo geral, mas eu esqueci que tinha me proposto a fazer mais e falar menos. Eu simplesmente absorvi essa ideia na minha visão de mundo.

Olhando para trás agora? Fiz mais do que imaginava possível em 2013.

Tudo enquanto fazia faculdade de engenharia.

Eu sinceramente não tinha parado para listar tudo isso até agora. Eu nem lembrava mais de uma época em que eu não fazia coisas, que ficava preso no planejamento. Essa é uma de nossas vantagens como ser humano; adaptamos muito rápido. Se eu não tivesse ferramentas para acompanhar meu progresso, como tenho esse site e meu diário (que só comecei no último outubro, na realidade), não teria notado tanta coisa legal acontecendo.

Quando veio a pergunta “como parar de planejar e começar a fazer”, então, eu não pensei no que responder. Mas essas memórias vieram, caiu a ficha e agora tem uns pontos que gostaria de compartilhar. Claro, desde o início do Estrategistas, nunca me posicionei como guru. Nossa ideia é compartilhar o que tem funcionado para nós (e é recomendado por nossos mentores) na esperança de que cresçamos juntos, como uma comunidade. “Conselho”, nesse contexto, é algo que escrevo para mim mesmo, mas de que você pode tirar muito valor prático. Nas palavras de Sêneca:

“Não, eu não sou tão sem vergonha para sair tratando as pessoas quando eu mesmo estou doente. Estou falando com você como se eu estivesse deitado na mesma cama de hospital, sobre uma doença da qual nós dois estamos sofrendo, passando adiante alguns remédios. Então me ouça como se eu estivesse falando para mim mesmo. Eu estou permitindo que você acesse meu lado interior, te chamando para a conversa enquanto eu aconselho a mim mesmo.”

Não acredito que esteja em um lugar onde possa respirar tranquilo. Todo meu esforço dos dois últimos anos me colocou onde estou hoje; agora é trabalhar para expandir e estabelecer um caminho para o futuro. Tem muita coisa a ser ajustada, desde fontes de renda e estrutura legal, até mesmo relacionamentos pessoais e estilo de vida (as pessoas param de te entender, é um preço que você tem que pagar).

De todo modo, eu vi os pontos abaixo funcionar para muita gente, assim como eu, então espero que você tire valor deles também.

1. Leia, mas leia muito.

Eu nunca vi uma entrevista com algum empreendedor, com alguém que faz acontecer, na qual perguntam “qual o seu livro favorito?” e a pessoa responde “ah, eu não leio, não gosto disso”. Então amigo, nós que estamos saindo do zero, temos que ler muito para compensar isso.

Contudo, não é ler por ler. Não adiantar colocar uma cópia do Senhor dos Anéis debaixo do braço ou ler os romances de Stephen King e achar que seu dever com a leitura acabou. Não. Enquanto que esses livros possuem espaço na leitura recreativa, não é esse o tipo que vai inevitavelmente trazer um diferencial competitivo para você no longo prazo.

Você tem que absorver conteúdo de verdade, ler sobre várias áreas do conhecimento humano (psicologia e racionalidade principalmente) e “estudar história para saber o que é possível”, como diz Sebastian Marshall. É quando você caminha por várias áreas diferentes e começa a fazer conexões únicas que seu diferencial começa a surgir. Informação é importante? Claro. As ideias que surgem das informações que você absorve? Mais importante ainda.

Se você quer recomendações de leitura, eu sou o cara que você procura. Mas só com volume e experiência para você filtrar o joio do trigo; é sua obrigação começar.

Quando você tem muitas ideias, de áreas diferentes do conhecimento humano, você coloca elas para fazerem sexo, daí nascem novas ideias. Na segunda ou terceira geração, contanto que você continue selecionando apenas aquelas que se aplicam à realidade (fala, Darwin!), você vai surgir com algo sobre o qual valha a pena falar.

E é aí que você começa a trazer algo de diferente para o mundo. Se sua nova ideia for aplicável para resolver o problema de alguém, você está a um passo de ter seu próprio negócio. É só questão de ler os livros certos (para saber como) e se cercar de pessoas que te ajudem no processo. O que nos traz para o ponto 2.

2. Esteja cercado de gente nível A

Procure pessoas que fazem coisas acontecer e grude nelas. Você vai aprender tanto no relacionamento quanto por observação. Que tipo de atividade ela realiza? Como é o dia a dia? Quais são os relacionamentos próximos que ela mantém? Como é o comportamento dela na esfera profissional?

Foi desse modo, por exemplo, que aprendi muita coisa com Sebastian Marshall, meu principal mentor. Respeitar o tempo alheio em reuniões, ser pontual (nada de mimimi), não se prender a cada centavo em contratos e favorecer a velocidade para fazer o projeto correr foram algumas lições, só falando de empreendedorismo.

Entre aquelas que parecem estar fazendo muita coisa (mas no final do dia, não têm nada para mostrar), você precisa garimpar as pessoas com ética e boa índole que valham a pena, que estejam fazendo algo parecido com o que você quer e que sejam sólidas (# 7). É um esforço grande, vou te contar, mas vale a pena. Tenho bem próximo de mim 4 ou 5 dessas pessoas (ironicamente, nenhuma fisicamente próxima) e o impacto positivo que causam em mim é impressionante.

Para encontrá-las, comece procurando projetos que você admira. Seja o TEDx da sua cidade, ou alguma ONG que te agrade, uma organização filantrópica famosa, uma empresa júnior de destaque… todos esses são lugares para garimpar. Nada garantido, mas novamente, o universo não é obrigado a te dar coisas. Vá atrás.

3. Produza, entregue e avance

Estar interessado em várias coisas não é um problema, como muita gente que entra em contato comigo imagina. A sociedade espera que você se especialize e fique naquilo até sua morte, mas há muita gente que não se adapta a esse modelo e se frustra.

Há uma constante tensão entre ser um generalista (bom em várias coisas) ou um especialista (nível mundial em uma ou duas). Os dois são caminhos válidos e a discussão dessa tensão fica para outro dia; o que eu quero destacar aqui é a diferença entre um generalista e alguém com vários hobbies inacabados.

A diferença entre ser bom em uma área (generalista) e ter mero interesse naquilo (hobbies) é que o generalista entrega. Como disse Steve Jobs, “real artists ship”. O generalista não trava na primeira dificuldade relacionada à atividade; ele continua empurrando até aprender o suficiente para mostrar um trabalho pronto naquela nova área.

Gosta de violão? Aprenda a tocar até fazer um show em algum lugar (casamento de primo, festa de sobrinho, evento filantrópico). Quer tentar dança de salão? Aprenda e passe um tempo num grupo se apresentando em palcos. Interessado em Esperanto? Aprenda o suficiente para iniciar um podcast naquela língua.

Quando você chega num nível em que consegue entregar naquela área, isso deixa de ser um hobbie e passa a ser mais uma habilidade em seu arsenal. Você passa de alguém com vários hobbies inacabados, que “não consegue parar em alguma coisa”, a alguém com domínio em um amplo espectro do conhecimento.

Tem interesse vasto? Comece, estude, produza algo diferenciado, coloque no mundo lá fora e parta para a próxima.

4. Envolva-se com projetos interessantes

É possível que você fique preso. É um catch-22: você quer se envolver em coisas legais, mas para ser aceito, precisa ter uma experiência fazendo coisas legais. Como resolver isso?

Ao ter conteúdo por ler muito (#1), estar cercado de gente nível A (#2) e ter adquirido habilidades o suficiente em um nível funcional (#3), está na hora de você se colocar no mundo. Ofereça o que você sabe fazer em causas que você acredita.

Programa e quer fazer algo legal? Se envolva com projetos open source (hello, mozilla!). Gosta de empreendedorismo e não sabe o que fazer? Vá para um Startup Weekend e participe. No final, se ofereça para ajudar a organizar o próximo. Está inquieto e quer conhecer melhor gente fazendo coisa de impacto em sua cidade? Entre em contato com a turma do TEDx local e vá ajudar. Se não tiver, entre em contato com pessoas de outros estados para pegar experiência e submeta a licença para organizar um você mesmo.

Ao oferecer seu trabalho dessa maneira, três coisas legais acontecem: você vai estar fazendo algo em que acredita, estará cercado de pessoas que podem te ajudar a dar o próximo passo e poderá colocar em sua experiência “trabalho com projeto x”. Esse último ponto é o diferencial na hora de fazer networking, já que as pessoas espertas te medem pelo o que você faz, não o que você (pensa que) é. Você consegue atrair muito mais atenção positiva se, ao ser perguntado o que tem feito de legal, você puder responder “ah, ajudei isso e aquilo a sair do papel”.

Todos esses são exemplos próximos da minha vida, tenho certeza que você consegue desenvolver mais. Lembre-se: o mundo não está negando gente foda. Se você for bom (bom de verdade e não apenas iludido), ou ao menos conseguir aprender rápido e for sólido (#7), sempre haverá espaço para você. Até mesmo comigo; se você acha que se qualifica, manda email para paulo@estrategistas.com e conte o que você já fez. Está sempre faltando gente incrível no mercado.

5. Não gaste dinheiro

É uma transição delicada para o mundo empreendedor. Dan Andrews, um ícone no desenvolvimento do estilo de vida nômade e empreendedor que respeito muito, fala sobre os primeiros 1000 dias até seu negócio começar a te “ganhar a vida”. A ideia é que você vai ralar muito e vai levar pelo menos 3 anos nesse meio para começar a ter resultados sólidos. Eu estou no caminho e sinto que essa mudança é algo muito mais cinza do que uma transição preto para o branco.

A heurística “não gastar dinheiro” é útil em vários níveis. Primeiro, quanto menos dívidas você tiver, mais livre você é, no sentido de que depende menos de trabalhar para pagar coisas; seu tempo é mais seu. Segundo, quando a gente está começando, há uma tendência muito grande em pensar que só nos falta dinheiro; “se pudesse investir alguns milhares de reais nisso, o lance sairia do chão”.

Não. Você tem que fazer acontecer no bootstrapping – tem que criar na raça. Claro, ter dinheiro para investir acelera o negócio, mas só para quem sabe o que está fazendo. Você está começando, claramente não sabe. Nos primeiros anos, vai errar muito e perder dinheiro; e isso é uma coisa boa, é o preço da experiência. Sem falar que a falta de dinheiro é uma restrição que vai te obrigar a ser criativo e selecionar projetos de retornos reais.

Terceiro, além das dívidas, não gastar dinheiro faz você reanalisar o que realmente é necessário e o que é apenas o consumismo supérfluo. Você vai ver que precisa de MUITO menos coisas do que imagina.

6. “Felicidade” pode não ser para você

Eu não preciso discutir felicidade aqui; esse é de longe o conceito mais confuso da nossa sociedade. Mas sabe o que as pessoas chamam de felicidade? Viajar nas férias, ter o carro do ano, comer do bom e do melhor… todos os pontos muito relacionados com o prazer.

Como Sebastian Marshall fala, é a felicidade low-level. Uma descarga bioquímica no teu cérebro e pronto, aquilo passou, o momento passou. Se você tenta repetir essa descarga várias vezes, ela começa a ter menos e menos impacto no seu cérebro (retorno decrescente), até que você vai ser uma das pessoas “com tudo na vida mas sem vontade de viver“. Eu não quero desenvolver minha vida em torno disso. Sério, toda sua vida, em torno de descargas cerebrais de hormônios?

Ao passo que qualquer vida deve parecer curta para as pessoas que a medem em termos de prazeres, que através de suas naturezas vazias são incapazes de completude.Sêneca

Por isso que eu digo que esse tipo de felicidade não é para mim. O que eu realmente quero é criar coisas, causar impacto e, de preferência, nunca morrer. E conheço muita gente assim. Significado ao invés de felicidade. Impacto ao invés de felicidade.

E isso não é tão alienígena quanto você imagina, é só o padrão da sociedade ocidental. Se você voltasse 5 séculos no tempo e perguntasse a um samurai se a coisas mais importante da vida dele seria felicidade pessoal ele iria rir na sua cara. Honra, cumprimento do dever e lealdade seriam infinitamente mais importantes para ele, razões para sacrificar a própria vida.

Pessoas diferentes em culturas e épocas diferentes valorizam coisas distintas. Claro, você vai precisar de um certo nível de felicidade low-level para funcionar bem, afinal de contas, é humano. Todavia, passado daquele ponto, vá em busca do que é verdadeiramente importante para você e não o que é padrão em sua volta.

7. Seja uma pessoa sólida

Se eu tenho três ou quatro pessoas sólidas em toda minha rede de contatos, eu tenho muito. E olhe que já venho filtrando isso há alguns anos. O que significa ser uma pessoa sólida? É difícil definir. Em termos simples? É uma pessoa com quem você iria para guerra.

Você olha para a pessoa e pergunta: eu queria essa pessoa do meu lado, cobrindo minhas costas no meio de um tiroteio?

Ok, não haverá necessidade de participar de guerras durante sua vida, mas você com certeza precisa de alguém para cobrir suas costas. A pessoa tem que ser íntegra, ética, comprometida, séria, responsável, de iniciativa, mostrar um senso de autonomia, ter conhecimento e saber trabalhar em conjunto. Em sumo: ser sólida em todas as frentes.

Como você identifica alguém sólido? É mais um processo de eliminação. Com a experiência, ao tocar projetos juntos, você vai notando aos poucos; as pessoas sólidas sempre se sobressaem. Pontos que a experiência me mostrou?

  • Nunca conheci uma pessoa sólida sem aperto de mão firme. Também nunca entendi o porquê de ter um aperto de mão molenga.
  • Consistência. Pessoas sólidas são consistentemente pontuais, o que telegrafa um respeito enorme pelo seu tempo. Não é que não se atrasem, mas isso é extremamente raro.
  • Elas têm iniciativa. Todas as pessoas sólidas que conheço estão muito ocupadas com seus próprios projetos. Para trabalharmos juntos? É preciso que seja algo mais excitante/interessante do que estão fazendo agora, o que é difícil.
  • Elas assumem responsabilidade.
  • Pessoas sólidas fazem o que se comprometeram. Ponto.
  • Pessoas sólidas estão cercadas de outras pessoas sólidas.

Aí você pergunta, em tom acusador: e você é sólido, senhor perfeição? Não 100% do tempo. Mas isso é uma prática: hoje estou melhor do que ontem e amanhã estarei melhor do que hoje; sempre crescendo. Comece com o óbvio e evolua a partir dali.

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Todos esses foram pontos que ajudaram a me trazer onde estou. Não são o “caminho”, mas algumas linhas óbvias de pensamento que, quando praticadas de verdade, inevitavelmente trarão resultados para sua vida.

Se você gostou, assinar nossa lista Estratégias para Vitória parece ser uma ótima ideia.

Discussão fechada nessa página, mas quero ouvir o que você tem a dizer. Vamos conversar no post do facebook?

  1. Essa postagem me ajudou muito. Estava exatamente com essa pergunta na cabeça! Ótimo post como sempre!

  2. Olá Paulo!
    Ótimo post, velho acompanhando suas postagens nessa última semana…

    Penso que muito do que você fala nesse post está relacionado aquele comportamento “fogo de palha” sabe…aquela pessoas querem mudar rapidamente de vida, elas ficam focadas nisso por algumas semanas no máximo e consomem muitos recursos (energia tempo dinheiro) para esse fim, mas logo depois essa chama vai se apagando, porque elas esperam resultados rápidos..

    Mas o fato é que a resistência nesses períodos de mudança que separa as pessoas que realmente vão atingir um próximo nível.

    Continue com seus posts!

  3. Olá Paulo!
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    Penso que muito do que você fala nesse post está relacionado aquele comportamento “fogo de palha” sabe…aquela pessoas querem mudar rapidamente de vida, elas ficam focadas nisso por algumas semanas no máximo e consomem muitos recursos (energia tempo dinheiro) para esse fim, mas logo depois essa chama vai se apagando, porque elas esperam resultados rápidos..

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