Você vai concordar com o que está escrito aqui?

Já aconteceu de, quando você estava almoçando, ou simplesmente esticando as pernas no intervalo do trabalho, encontrar uma pessoa nova? Claro que já aconteceu. Então depois de trocar algumas palavras, vocês se separam. E você se pergunta “Quando é que eu vou encontrar essa pessoa novamente?”. E na noite anterior você continua a se perguntar, “será se vou encontrar novamente?”.

E no outro dia você a encontra, não diretamente, você vê a pessoa do outro lado da rua, ou do corredor. E nos dias posteriores você a encontra sempre. Será isso um sinal? Será que significa que vocês foram feitos um pro outro?
Bem…

Não.
Infelizmente não, ela não é sua cara metade. Ela sempre esteve lá. Você simplesmente não percebeu, ou melhor, não quis perceber. Nosso cérebro tem uma coisa engraçada, ele escolhe o que quer perceber. Eu quero dizer, o nosso cérebro percebe o que quer. Se você nunca tinha visto aquela pessoa, ela simplesmente não era importante para o seu cérebro, e então ela passava simplesmente batido.

O cérebro tem um filtro. E aqui que começa a parte interessante. Todo mundo tem um filtro, um filtro pré-concebido. E esse filtro molda o que nós temos de informação. Esse filtro é algo bastante particular. Eu não quero que mexam no meu filtro, nem você no seu. Por isso nós tendemos a andar com as pessoas que tem o mesmo filtro que nós. Nós costumamos consumir as informações que se encaixam no nosso filtro. O que não se encaixa é descartado, podendo ser rejeitado.

Uma pesquisa feita por Valdis Krebs, do site orgnet.com, analisou certas tendências de compras na Amazon. No período da eleição de Barack Obama, ele analisou que, as pessoas que apoiavam Obama, eram as mesmas que compravam livros que descreviam de forma positiva. Pode parecer óbvio, mas então qual o propósito de um livro: informar?

Errado. Na maioria das vezes, o propósito do livro é simplesmente validar o que você já pensa. Se você quer estar certo da sua visão de mundo, você busca a informação que confirma o seu ponto de vista.

E agora voltamos pra o titulo do texto, você concorda com que eu estou falando aqui? Se você já conhecia o conceito do Viés de confirmação (Confirmation Bias em inglês) é provável que você concorde comigo.

Mas onde eu quero chegar é, não aceitem as coisas por que “parecem certas”. Questione, busque o confronto. Quando eu escrevo, eu não quero que ninguém aceite o que eu escrevi. Pelo contrário, se você achar que eu estou escrevendo porcaria, fale, grite! O que não pode acontecer é de você ficar ai, simplesmente aceitando tudo que lhe é dito, sem pensar e continuar na mesma mediocridade de sempre.

 

Fontes:

 

 

  1. Continuo convivendo com a dificuldade de sair da minha zona de conforto. Venho notando as mudanças nos hábitos de vocês (Paulo e Eduardo), mas estarei na espera dos resultados (sei que virão) para, então, fazer algo. Fazendo uma pequena analogia ao mundo das startups, sairei como second mover.

  2. Gostei do texto. Quanto a não aceitar tudo o que se houve/escuta/lê eu já faço isso. Gosto muito de questionar verdades. Por isso, sou conhecido por muitos amigos de do contra. KKKK’. Parabéns pelo texto!

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