Muitos escritores de auto-ajuda, ou motivacionais, costumam dizer que basta começar. O começo é o início de tudo, se você começar as coisas vão se ajeitar e o sucesso é garantido.
Quem já passou por um projeto que deu errado ( cá entre nós, todo mundo), sabe que a maior dificuldade não é começar. E sim lidar com todas os problemas, dificuldades e frustrações.
Uma coisa que reparei, é que sempre buscamos projetos de coisas que admiramos. Eu e Paulo começamos esse blog por ler e gostar de diversos blogueiros, e queríamos fazer algo parecido. Você pode entrar numa aula de Jiu-Jitsu ou MMA por gostar de assistir o esperto. Dentre tantas outras coisas que vão desde correr, dançar até abrir um negócio.
O problema é: Você é muito ruim no que faz. Mas além disso, você tem outra característica: Você tem bom gosto.
Logo, quando você começa a blogar, treinar jiu-jitsu, dançar, empreender, etc, você passa a comparar o seu desempenho ao dos demais, dos seu ídolos, daquelas pessoas que já fazem isso a muito tempo. E ai começam as frustrações. Meu texto nunca não é igual ao do Sebastian, você não sabe aplicar uma chave de braço igual ao Anderson Silva, e dançar, rapaz, olha o que faz com esse quadril.
Então, você tem dois desafios para continuar e levar o seu projeto em frente.
1º Aceitar que você é ruim, muito ruim. Isso faz parte, o mais importante é aceitar e crescer com isso. Até um dia desses nem andar você sabia, e você aprendeu, e agora anda como um profissional. Aceite que você é ruim, mas;
2º Busque Métricas e Milestones. Você vai melhorar, isso é fato. Mas você tem que saber disso para manter e aumentar sua motivação. Na escola, nós temos um ótimo mecanismo de feedback, nós temos as séries. Se você aprende um pouco de matematica, portugues, fisica e geografia, entre as outras, você é adiantado para a outra série. Você deve buscar algo parecido na sua atividade. Se você tem um blog, se prenda aos comentários, emails e número de visitantes que você tem. No Jiu-Jitsu, existe a graduação, mas antes disso, você tem que participar de competições e treinar com os companheiros, perguntando e percebendo que está melhorando. Na dança, participar de competições é uma boa forma de medir a sua evolução.
Começar não é o mais difícil, difícil mesmo é aceitar que você ainda não é bom suficiente, e focar no processo da melhora contínua.
“Que o processo de melhoria contínua é uma grande verdade. Ah! É verdade! Temos de buscar o aprimoramento contínuo. Mas tropeçar, errar ou ‘dar com os burros n’gua’ é natural, se todos acertássemos com muita frequência não teríamos a cautela de averiguarmos onde estamos andando, se é ou não é seguro. Acredito, ainda, que o medo é sinônimo de cautela. Querer ser grande demais e não ter o medo, pode nos fazer cair de uma altura gigantesca. Porém, senhores e senhoritas: ‘Erra é humano, mas persistir no erro! Ah! Isso é burrice!’ …”
Muito bom, Marcus!
De onde saiu?
“É a minha opinião própria, Eduardo Rocha. Acredito que a confusão partiu da utilização de aspas, digamos que é apenas uma marcação minha. Rs! Parabéns pelo texto.”
Estava eu a ver um vídeo de uma palestra da Amy Cuddy, psicóloga social, no TED e encontrei certa ligação com o que ela diz e este texto. Embora a palestra tenha no título “Sua linguagem corporal ‘molda’ quem você é” ela vai além disto e certa hora ela conta que aconselhou alguém assim: “Fake it till you make it.” e de certa forma funcionou porque isso tirou da pessoa a capacidade que ela mesma não acreditava ter.
Depois ela percebeu que melhor que este, seria o conselho: “Fake it till you become it.” O que vocês acham? Seria o “Fake it till you become it” uma estratégia legal pra “focar no processo da melhora contínua.” como citaste no post? Pareceu a mim que uma ideia complementa a outra já que ambas indicam que haverá ação constante e não apenas um primeiro passo e depois a estagnação, decepção, enfim.
Conexão muito perspicaz, Natali. Concordo com você, é por aí!
A melhor parte disso tudo é que a evidência científica aponta que você passa a gostar mais das atividades conforme fica bom nelas. Ou seja, é o contrário do que a gente imagina: você não precisa gostar para ficar bom, mas você precisa “fake until you become it – and like it!”.
Obrigado por comentar, abração!
“O problema é: Você é muito ruim no que faz. Mas além disso, você tem outra característica: Você tem bom gosto.”
É exatamente isso!
Há uns bons anos esse site tem sido uma espécie de oráculo, onde com alguma frequência venho e releio os textos, todos bastante atemporais. Algo sólido que vem se provando muito valioso pelo tempo. Valeria muito a ideia de condensar os ensinamentos em um livro.
Obrigado pela mensagem, Arthur! Essa é de fato uma das aspirações ainda não concretizadas. Espero conseguir em 2023.
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